Laboratório Nutricional
orientados pela Medicina Tradicional Chinesa.
Tem por objetivo desenvolver e divulgar conhecimentos em nutrição humana que favoreçam a harmonia da vida no sentido de uma longevidade funcional.
Os especialistas em saúde afirmam ser possível chegar aos 100 anos com saúde e independência, preservando as funções físicas e mentais.
“Os chineses acreditam que o universo mantém-se num constante estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta cuja essência é chamada de yin e yang. Para a conquista e a manutenção da saúde, é fundamental um correto equilíbrio entre as forças yin e yang no interior do microcosmo representando pelo organismo humano.”
fonte: http://www.institutouniao.com.br/mtc
Caderno de Estudos
"Medicina Tradicional Chinesa (M.T.C.) é um sistema de atenção ao paciente que evoluiu e tem sido aperfeiçoado através dos séculos!"
"Diferentemente da Medicina Ocidental atual, que tende a tratar os sintomas específicos, freqüentemente sem direcionar-se à causa principal, a Medicina Tradicional Chinesa procura concentrar-se em trazer os sistemas orgânicos internos de volta à harmonia, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do paciente e permitindo que o corpo cure a si próprio."
"O poder do corpo humano de se autocurar era uma convicção fundamental na China Antiga há 5.000 anos. Os médicos chineses acreditavam que a saúde não era só a ausência de doenças mas sim o equilíbrio harmônico do ser humano como um todo."
Disponível em
http://www.amcbr.com.br/Confucionismo.pdf
A Medicina Tradicional Chinesa está organizada através de princípios filosóficos, na observação dos fenômenos da natureza e sua influencia energética nos seres humanos com suas relações internas e externas, na astrologia chinesa, na compreensão do único do Tão e sua dualidade entre as forças Yin e Yang.
Os Três Tesouros
Há três substâncias ou energias de imensa importância no taoísmo conhecidas como os três tesouros:
Jing ( essência),
Chi (energia) e
Shen (espírito).
Reflexões sobre a cultura chinesa
Carmen Doris Reichelt
O presente texto aborda reflexões sobre o paradigma da cultura chinesa tendo como base a história e costumes da China.
China, representante do mundo oriental, possui uma filosofia, uma estética e uma medicina característica, onde a integração do homem com as energias do céu e da terra possuem um lugar central. Através das tradições e da cultura milenar peculiar, o novo interage com o antigo preservando a identidade e as crenças. O passado é respeitado, sendo perpetuado no comportamento que imortaliza a tradição e a força do espírito. A noção de equilíbrio entre as forças naturais é a constância que costura a essência coletiva.
A cultura tradicional chinesa ensina ser possível viver mais e melhor, justamente, longevidade depende das escolhas feitas na busca do equilíbrio, sendo o moderado, o principal gerador de harmonia. Pode-se viver com vitalidade e alegria todos os anos que temos para viver ou apenas alguns deles; isto depende
daquilo que é pensado, das emoções geradas, das ações e reações, tanto quanto da respiração, da alimentação e do estilo de vida. Conforme o conhecimento dos mestres chineses: “quando o correto está no interior o perverso não pode atingi-lo” ou “o perverso aflui quando há vazio no correto”. Forças como a do Correto e do Perverso, constantes e presentes, geram movimento e constituem a impermanência, a fluidez e a própria vida, que é energia em movimento de expansão e recolhimento. É através do contato com as forças da natureza que a energia pode circular livremente pelo corpo. A harmonia do Yin e do Yang funda uma cultura da diversidade, dos nutrientes fornecedores de Qi.
São utilizados conceitos Taoístas e energéticos, compreendendo o indivíduo como um todo e como parte integrante do universo. Céu e terra são energias que fluem pelo corpo e que na saúde estão em constante equilíbrio. Quando isto não acontece, manifestam-se as patologias, que são o desequilíbrio. Portanto, equilíbrio está expresso no conceito de manutenção da saúde, enquanto doença é considerada como uma conseqüência de um desequilíbrio. A causa de uma doença está no doente, em seu estilo de vida. Portanto é o doente e não a doença que deve ser tratada, buscando sempre modular o yang e yin dentro de si em um exercício contínuo. Em outras palavras, estar em equilíbrio é harmonizar em si a vida, que circula na natureza, que brota da diversidade dos nutrientes, que emanam e fornecem o que os mestres chineses denominam como Qi. Para estimular o poder do corpo de curar-se, é necessário buscar o re-equilíbrio, a harmonia como o universo. Existem estratégias e práticas antigas para atingir o objetivo de fortalecer as defesas naturais, que são exercícios respiratórios e físicos, massagens, acupuntura, dieta e fitoterapia.
Respirar nesta tradição é muito mais que inalar oxigênio, representa que através do movimento inalatório será possível oferecer ao próprio corpo todas as forças cósmicas – do céu e da terra – e assim fortalecer a energia necessária à vida. Tradicionais exercícios como o Tai chi e o Chi Kum, que possibilitam que a energia circule pelo corpo, restabelecendo o
equilíbrio, são formas de estimular o correto. A alimentação é considerada com o valor de dietoterapia – seja através da planta, do animal ou do mineral – os vários nutrientes apresentam energia, movimento, sabor e funções determinadas, que atuam no organismo de forma a facilitar o processo de equilíbrio, até porque o estômago (baço–pâncreas) é considerado como o centro, função de grande importância para a saúde.
A identidade da cultura oriental está presente na escrita peculiar, que é transmitida através das gerações. A linguagem e a história estão entrelaçadas e materializadas em uma forma de imagem gráfica que representa o pensamento e a ação. O ideograma ocupa a função de agente de passagem das crenças mantendo o milenar através do moderno. Segundo http://www.wikipedia.org/ cada grafema isolado é lido como uma sílaba diferente e, para formá-los, muitas vezes se utilizam elementos diferentes. Assim, para se representar a idéia de "brilho" ( 明 ), o grafema combina os das idéias "sol" (日 ) e "lua" (月 ). Para representar uma floresta, faz-se o desenho de duas árvores ( 林 ) e assim por diante. Quando a palavra tem duas sílabas, cada idéia que a compõe é representada num grafema diferente. Por exemplo, a palavra "computador" ( 電 腦 ) é representada com as palavras "eletricidade" ( 電 ) e "cérebro" ( 腦 ). Retratando o processo do pensamento filosófico chinês, ainda no site http://www.wikipedia.org/ , encontramos o ideograma Tao (ou Dao) ( 道 ), que pode ser traduzido como caminho, assumindo um significado mais abstrato para a religião e para a filosofia chinesa. “Traduzido literalmente, significa o ensinamento do Tao. No contexto taoísta, 'Tao' pode ser entendido como um caminho no espaço-tempo - a ordem na qual as coisas acontecem. Como termo descritivo, pode se referir ao mundo real na história - algumas vezes nomeado como o "grande Tao" - ou, antecipadamente, como uma ordem que deve se manifestar - a ordem moral de Confúcio ou Lao Tsé ou Cristo, etc. Um tema no pensamento chinês primitivo é Tian-dao ou caminho da natureza (também traduzido como "céu", e às vezes "Deus"). Corresponde aproximadamente à ordem das coisas de acordo com a lei natural.” Neste conceito fica evidenciado a estreita ligação que o homem possui com as forças da natureza. Dentro deste paradigma do pensamento chinês “o Tao gera o Um, o Um gera o Dois, o Dois gera o Três, o Três gera todas as coisas”. Outro exemplo ilustrativo da cultura chinesa é encontrado em http://www.fernandopin.hpg.ig.com.br/mtc.htm sobre o significado de um ideograma chinês, é aquele tido para o conceito do "Qi”, que, em sua expressão gráfica, simboliza um recipiente com tampa cheio de arroz sendo cozido. Isto pode significar um contraste entre o material, o denso (arroz, cereal cru) e o sutil, o rarefeito (vapor, fluxo, gás). Também pode significar que algo imaterial como o vapor, pode vir de algo material como o arroz, ou seja, a idéia da constante transformação de energia. Assim, o significado etimológico do ideograma Qi ( 氣 ) está associado a uma imagem do "vapor ( 气 ) subindo do arroz ( 米) enquanto cozinha". É freqüentemente traduzido como "ar" ou "respiração", por exemplo, o termo chinês que significa "respiração" é tiānqì, ou a "respiração do céu". Em todas as formas de energia existem dois extremos identificados como Yin e Yang. Para Maciocia, em Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa, a teoria de Yin/Yang surgiu da observação dos fenômenos naturais, indicando a orientação da luz do sol, onde a face do sol correspondia ao Yang e a face das costas do sol ao Yin. Em ambos ideogramas existe à esquerda a imagem gráfica que possui o significado de uma montanha, para a representação do Yin ( 阴 ) e Yang ( 阳 ), mas naquele que apresenta à direita um lado ensolarado representa o Yang e naquele com o lado da sombra o Yin. A escrita chinesa é especialmente simbólica e artística. A estrutura desta linguagem é poética! Esta forma peculiar de expressão e transmissão da cultura oriental tem interessado estudiosos ocidentais. Segundo os estudos de Norma C. Werneck, professora de filosofia e psicanalista, “esse sistema de escrita determinou toda a estética chinesa como a poesia, a caligrafia, a pintura e os mitos, que formam um todo, uma arte completa, e não parcial, como no ocidente. Essa concepção estética está estreitamente vinculada à sua cosmologia, assim como a poesia se liga à pintura através da caligrafia”. Indiscutivelmente, o ideograma é um sistema muito criativo e que envolve a cognição do movimento e do conceito simbólico da ética e da estética como base para sua expressão; assim como a própria medicina tradicional chinesa, onde a energia é uma força que deve estar em constante movimento produzindo harmonia, para produzir o equilíbrio, gerador de vida.