domingo, 16 de setembro de 2007

Caderno de Estudos na MTC


Laboratório Nutricional é formado por profissionais da saúde

orientados pela Medicina Tradicional Chinesa.

Tem por objetivo desenvolver e divulgar conhecimentos em nutrição humana que favoreçam a harmonia da vida no sentido de uma longevidade funcional. Para isto desenvolvemos um Caderno de Estudos na Medicina Tradicional Chinesa que reúne variadas informações de importantes profissionais desta área.

Os especialistas em saúde afirmam ser possível chegar aos 100 anos com saúde e independência, preservando as funções físicas e mentais.

“Os chineses acreditam que o universo mantém-se num constante estado de equilíbrio dinâmico entre pólos de natureza oposta cuja essência é chamada de yin e yang. Para a conquista e a manutenção da saúde, é fundamental um correto equilíbrio entre as forças yin e yang no interior do microcosmo representando pelo organismo humano.”

fonte: http://www.institutouniao.com.br/mtc



Caderno de Estudos

"Medicina Tradicional Chinesa (M.T.C.) é um sistema de atenção ao paciente que evoluiu e tem sido aperfeiçoado através dos séculos!"

"Diferentemente da Medicina Ocidental atual, que tende a tratar os sintomas específicos, freqüentemente sem direcionar-se à causa principal, a Medicina Tradicional Chinesa procura concentrar-se em trazer os sistemas orgânicos internos de volta à harmonia, fortalecendo os mecanismos de defesa naturais do paciente e permitindo que o corpo cure a si próprio."

"O poder do corpo humano de se autocurar era uma convicção fundamental na China Antiga há 5.000 anos. Os médicos chineses acreditavam que a saúde não era só a ausência de doenças mas sim o equilíbrio harmônico do ser humano como um todo."

Disponível em

http://www.amcbr.com.br/Confucionismo.pdf

A Medicina Tradicional Chinesa está organizada através de princípios filosóficos, na observação dos fenômenos da natureza e sua influencia energética nos seres humanos com suas relações internas e externas, na astrologia chinesa, na compreensão do único do Tão e sua dualidade entre as forças Yin e Yang.

Os Três Tesouros

Há três substâncias ou energias de imensa importância no taoísmo conhecidas como os três tesouros:

Jing ( essência),

Chi (energia) e

Shen (espírito).

Reflexões sobre a cultura chinesa

Carmen Doris Reichelt

O presente texto aborda reflexões sobre o paradigma da cultura chinesa tendo como base a história e costumes da China.

China, representante do mundo oriental, possui uma filosofia, uma estética e uma medicina característica, onde a integração do homem com as energias do céu e da terra possuem um lugar central. Através das tradições e da cultura milenar peculiar, o novo interage com o antigo preservando a identidade e as crenças. O passado é respeitado, sendo perpetuado no comportamento que imortaliza a tradição e a força do espírito. A noção de equilíbrio entre as forças naturais é a constância que costura a essência coletiva.

A cultura tradicional chinesa ensina ser possível viver mais e melhor, justamente, longevidade depende das escolhas feitas na busca do equilíbrio, sendo o moderado, o principal gerador de harmonia. Pode-se viver com vitalidade e alegria todos os anos que temos para viver ou apenas alguns deles; isto depende

daquilo que é pensado, das emoções geradas, das ações e reações, tanto quanto da respiração, da alimentação e do estilo de vida. Conforme o conhecimento dos mestres chineses: “quando o correto está no interior o perverso não pode atingi-lo” ou “o perverso aflui quando há vazio no correto”. Forças como a do Correto e do Perverso, constantes e presentes, geram movimento e constituem a impermanência, a fluidez e a própria vida, que é energia em movimento de expansão e recolhimento. É através do contato com as forças da natureza que a energia pode circular livremente pelo corpo. A harmonia do Yin e do Yang funda uma cultura da diversidade, dos nutrientes fornecedores de Qi.

São utilizados conceitos Taoístas e energéticos, compreendendo o indivíduo como um todo e como parte integrante do universo. Céu e terra são energias que fluem pelo corpo e que na saúde estão em constante equilíbrio. Quando isto não acontece, manifestam-se as patologias, que são o desequilíbrio. Portanto, equilíbrio está expresso no conceito de manutenção da saúde, enquanto doença é considerada como uma conseqüência de um desequilíbrio. A causa de uma doença está no doente, em seu estilo de vida. Portanto é o doente e não a doença que deve ser tratada, buscando sempre modular o yang e yin dentro de si em um exercício contínuo. Em outras palavras, estar em equilíbrio é harmonizar em si a vida, que circula na natureza, que brota da diversidade dos nutrientes, que emanam e fornecem o que os mestres chineses denominam como Qi. Para estimular o poder do corpo de curar-se, é necessário buscar o re-equilíbrio, a harmonia como o universo. Existem estratégias e práticas antigas para atingir o objetivo de fortalecer as defesas naturais, que são exercícios respiratórios e físicos, massagens, acupuntura, dieta e fitoterapia.

Respirar nesta tradição é muito mais que inalar oxigênio, representa que através do movimento inalatório será possível oferecer ao próprio corpo todas as forças cósmicas – do céu e da terra – e assim fortalecer a energia necessária à vida. Tradicionais exercícios como o Tai chi e o Chi Kum, que possibilitam que a energia circule pelo corpo, restabelecendo o

equilíbrio, são formas de estimular o correto. A alimentação é considerada com o valor de dietoterapia – seja através da planta, do animal ou do mineral – os vários nutrientes apresentam energia, movimento, sabor e funções determinadas, que atuam no organismo de forma a facilitar o processo de equilíbrio, até porque o estômago (baço–pâncreas) é considerado como o centro, função de grande importância para a saúde.

A identidade da cultura oriental está presente na escrita peculiar, que é transmitida através das gerações. A linguagem e a história estão entrelaçadas e materializadas em uma forma de imagem gráfica que representa o pensamento e a ação. O ideograma ocupa a função de agente de passagem das crenças mantendo o milenar através do moderno. Segundo http://www.wikipedia.org/ cada grafema isolado é lido como uma sílaba diferente e, para formá-los, muitas vezes se utilizam elementos diferentes. Assim, para se representar a idéia de "brilho" ( ), o grafema combina os das idéias "sol" ( ) e "lua" ( ). Para representar uma floresta, faz-se o desenho de duas árvores ( ) e assim por diante. Quando a palavra tem duas sílabas, cada idéia que a compõe é representada num grafema diferente. Por exemplo, a palavra "computador" ( ) é representada com as palavras "eletricidade" ( ) e "cérebro" ( ). Retratando o processo do pensamento filosófico chinês, ainda no site http://www.wikipedia.org/ , encontramos o ideograma Tao (ou Dao) ( ), que pode ser traduzido como caminho, assumindo um significado mais abstrato para a religião e para a filosofia chinesa. “Traduzido literalmente, significa o ensinamento do Tao. No contexto taoísta, 'Tao' pode ser entendido como um caminho no espaço-tempo - a ordem na qual as coisas acontecem. Como termo descritivo, pode se referir ao mundo real na história - algumas vezes nomeado como o "grande Tao" - ou, antecipadamente, como uma ordem que deve se manifestar - a ordem moral de Confúcio ou Lao Tsé ou Cristo, etc. Um tema no pensamento chinês primitivo é Tian-dao ou caminho da natureza (também traduzido como "céu", e às vezes "Deus"). Corresponde aproximadamente à ordem das coisas de acordo com a lei natural.” Neste conceito fica evidenciado a estreita ligação que o homem possui com as forças da natureza. Dentro deste paradigma do pensamento chinês “o Tao gera o Um, o Um gera o Dois, o Dois gera o Três, o Três gera todas as coisas”. Outro exemplo ilustrativo da cultura chinesa é encontrado em http://www.fernandopin.hpg.ig.com.br/mtc.htm sobre o significado de um ideograma chinês, é aquele tido para o conceito do "Qi”, que, em sua expressão gráfica, simboliza um recipiente com tampa cheio de arroz sendo cozido. Isto pode significar um contraste entre o material, o denso (arroz, cereal cru) e o sutil, o rarefeito (vapor, fluxo, gás). Também pode significar que algo imaterial como o vapor, pode vir de algo material como o arroz, ou seja, a idéia da constante transformação de energia. Assim, o significado etimológico do ideograma Qi ( ) está associado a uma imagem do "vapor ( ) subindo do arroz ( ) enquanto cozinha". É freqüentemente traduzido como "ar" ou "respiração", por exemplo, o termo chinês que significa "respiração" é tiānqì, ou a "respiração do céu". Em todas as formas de energia existem dois extremos identificados como Yin e Yang. Para Maciocia, em Fundamentos da Medicina Tradicional Chinesa, a teoria de Yin/Yang surgiu da observação dos fenômenos naturais, indicando a orientação da luz do sol, onde a face do sol correspondia ao Yang e a face das costas do sol ao Yin. Em ambos ideogramas existe à esquerda a imagem gráfica que possui o significado de uma montanha, para a representação do Yin ( ) e Yang ( ), mas naquele que apresenta à direita um lado ensolarado representa o Yang e naquele com o lado da sombra o Yin. A escrita chinesa é especialmente simbólica e artística. A estrutura desta linguagem é poética! Esta forma peculiar de expressão e transmissão da cultura oriental tem interessado estudiosos ocidentais. Segundo os estudos de Norma C. Werneck, professora de filosofia e psicanalista, “esse sistema de escrita determinou toda a estética chinesa como a poesia, a caligrafia, a pintura e os mitos, que formam um todo, uma arte completa, e não parcial, como no ocidente. Essa concepção estética está estreitamente vinculada à sua cosmologia, assim como a poesia se liga à pintura através da caligrafia”. Indiscutivelmente, o ideograma é um sistema muito criativo e que envolve a cognição do movimento e do conceito simbólico da ética e da estética como base para sua expressão; assim como a própria medicina tradicional chinesa, onde a energia é uma força que deve estar em constante movimento produzindo harmonia, para produzir o equilíbrio, gerador de vida.